Duas obras infantis que abordam o diálogo

Guilherme Augusto Araújo Fernandes – Mem Fox

Publicado no Brasil em meados da década de 1990, o livro escrito pela australiana Mem Fox e ilustrado por Julie Vivas é um título presente no meio literário e entre finalistas de prêmios literários australianos. Já foi traduzido para o hebraico, espanhol, português, japonês e francês. O tema geral da obra é a perda de memória. Segundo a autora, a inspiração para a criação dessa história se deu a partir de uma observação feita quando foi visitar seu avô em um lar de idosos: a ausência de crianças nesse ambiente. Com base nesse acontecimento, o livro retrata a relação entre crianças e idosos, buscando fazer desse um estímulo para o contato intergeracional.

A história acompanha os encontros do menino Guilherme Augusto Araújo Fernandes com a senhora Antônia Maria Diniz Cordeiro, moradora de um asilo próximo a casa do menino. Guilherme adorava visitar o asilo e conversar com todos que lá viviam, sendo conhecedor dos nomes, histórias e gostos dos idosos. Entre todos os moradores, a senhora Antônia Maria Diniz Cordeiro era quem o menino tinha mais afinidade pois, além de ter a mesma quantidade de nomes que ele, compartilhava todos os seus segredos. Certa vez, Guilherme escutou seus pais comentando que sua amiga tinha perdido a memória. Preocupado, o menino passou a perguntar para todos o que era a memória e, a partir das respostas colhidas, Guilherme procurou objetos que poderiam ajudar sua amiga a recuperar a memória. Após entregar esses objetos para a senhora Antônia Maria Diniz Cordeiro, ela passou a lembrar de histórias da sua vida relacionadas a esses objetos.